Valorizar o Teu Espaço 

25-06-2025

O Primeiro Passo para Resgatar a Autoestima

Talvez não saibas, que estou a preparar algo maravilhoso para este verão (artigo anterior). Algo que vai mudar a forma como vives o amor na tua vida.

Desde já, convido-te a ser uma das primeiras mulheres a saber o que se vai passar este verão, juntando-te ao grupo privado da Aula de Yoga e Autoconhecimento – para processos de mudança, porque foi lá que todo este caminho começou.

No entanto, até receberes o que vai acontecer este verão, precisas de te preparar. 

Precisas de começar a construir, algo simples, mas muito desafiador, sobretudo se sentes que tens vivido mais para os outros do que para ti mesma.

O artigo desta semana, é sobre a importância de te valorizares, valorizando um espaço só teu, este é o ponto de partida para resgatar a tua autoestima.

Quando deixamos de nos reconhecer?

Será que ultimamente tens sentido, que a tua vida não tem muito a ver contigo?

Vives dia após dia a fazer o teu melhor para os outros, e sentes que:

  • na família existem mais exigências que partilhas;
  • na tua relação não há espaço para ti, mas sim para o nós;
  • no trabalho não és valorizada.

Será que a tua vida, se tornou uma rotina onde tu, simplesmente desapareceste?

Se sim, precisas de saber que isto acontece porque deixaste de ter o teu próprio espaço, para passar a ocupar o espaço que acreditas que os outros esperam de ti.

Mas, também precisas de saber, mesmo que custe muito aceitar, que a responsabilidade de te sentires assim, é apenas tua.

Sempre que nos doamos mais aos outros que a nós mesmas, perdemos o nosso centro de equilíbrio que nos permite recarregar baterias.

Quando as vozes dentro de nós, exigem que doemos cada vez mais esquecendo-nos de nós mesmas, quando nos culpabilizamos de querer ter tempo só para nós, a verdade é que nos deixámos de valorizar porque nos perdemos no caminho da dedicação ao mundo externo a nós mesmas.

Sem espaço para nós mesmas, a autoestima não sobrevive.

O teu espaço é um reflexo da relação contigo mesma

Criar um espaço externo — um cantinho da casa, um altar, um lugar onde possas estender o teu tapete de yoga, escrever o que sentes ou ler um bom livro sem ser incomodada — é muito mais do que simplesmente conforto e organização.

É um ato de afirmação pessoal, uma declaração poderosa de que a tua presença importa e merece ser respeitada. 

É neste espaço físico, que poderás ver o reflexo do teu espaço interno — o teu mundo mental, emocional e espiritual.

Ter um espaço arrumado e dedicado para meditar, praticar yoga ou simplesmente estar contigo mesma é um convite diário para a tua mente desacelerar, o coração abrir e recentrares a tua energia.

Deepak Chopra, médico e autor de referência em espiritualidade e autoconhecimento, refere: 

"O ambiente em que vivemos tem um impacto direto sobre o nosso estado mental e emocional. Criar um espaço sagrado onde possamos meditar e estar em silêncio ajuda a cultivar paz interior e a conectar-nos com o nosso verdadeiro eu."

Eckhart Tolle, no seu livro – "O poder do agora" - enfatiza que o espaço físico pode ajudar a ancorar a atenção no presente: 

"Ao preparar um local específico para a prática de mindfulness ou meditação, estamos a estabelecer um lembrete visual e sensorial do momento presente — um convite para desligar do ruído externo e estar plenamente aqui e agora."

A psicóloga e autora Melody Beattie, que escreve sobre autocuidado e organização emocional, afirma: 

"Ter um espaço organizado para o teu tempo pessoal é uma forma de honrar as tuas necessidades emocionais. Quando o espaço externo está em ordem, a mente também encontra espaço para se libertar e expandir."

Acredito que para despertar a nossa autoestima, criar este espaço é um passo gigante. É como dizer a ti mesma, e ao mundo:

"Eu mereço ter um lugar onde posso simplesmente ser."

Este lugar sagrado não precisa ser grande, nem perfeito — basta que seja teu, uma espécie de "refúgio" para te conectares contigo mesma.

Shala: o espaço sagrado do yoga

No yoga, praticamos em shalas – que são lugares sagrados onde o espaço físico é preparado para que nos possamos desconectar do mundo exterior e voltar para a nossa atenção para dentro de nós mesmas.

É neste shala, que somos convidados a usar os princípios do yoga, de corpo, mente e alma. 

Aqui, o silêncio é respeitado, para que possamos manter o centro em nós mesmas, para que possamos escutar o nosso corpo e sentir a nossa essência.

Seane Corn, professora e ativista de yoga, traz uma descrição de shala que acredito que explica bem o que sinto, nestes espaços sagrados:

"Shala é um espaço onde a prática não é só sobre posturas, mas sobre cultivar presença, cura e autoconhecimento."

Ela enfatiza que o shala cria uma atmosfera de respeito profundo, onde cada pessoa é convidada a se encontrar verdadeiramente consigo mesma, sem julgamentos.

A Adriene (Yoga With Adriene), uma professora que me inspira imenso, por dedicar os seus ensinamentos de forma a tornar o yoga acessível para todos, refere que 

"Criar um espaço sagrado para a prática é um gesto de amor-próprio. É onde construímos segurança e confiança para explorarmos o que somos de verdade, para além das expectativas."

O que quero dizer com tudo isto, é que este conceito de shala pode ser levado para a tua casa e, sobretudo, para dentro de ti — tu podes criar um espaço externo que acolhe o teu espaço interno em total segurança. 

Um espaço que te acolhe, te nutre, onde poderás voltar a cultivar a tua autoestima dia após dia.

Cultivar um shala dentro de nós

Tal como num shala, cultivamos o ambiente propicio a uma prática segura, o teu espaço interno também precisa de ser cuidado através dos pensamentos que alimentas, dos sentimentos que acolhes, e das ações que repetes.

Tudo isso compõe o "ambiente" onde vives emocionalmente. 

Se tens sido demasiado intransigente contigo mesma… como podes sentir que te valorizas verdadeiramente?

Hoje, não te vou trazer argumentos para deixares de ser dura contigo.

Em vez disso, convido-te a fazer diferente: não compliques este momento. 

Dá o primeiro passo de forma simples.

Prepara um espaço só teu, acende uma vela e começa por te sentares contigo. 

Esta prática de yoga é um convite à expansão amorosa, para que comeces a ocupar o teu lugar no corpo — e na vida — com mais presença e menos rigidez.

Prática de yoga – Ocupa o teu espaço

Prepara o teu espaço com amor. 

Este é o teu templo interior.

Agora que tens o teu espaço pronto, começa por acender uma vela — como um gesto simbólico de que estás pronta para acender a tua luz interior.

Tem por perto um caderno — vais precisar dele para o final da tua prática no tapete, para que possas escrever o que sentes, uma palavra, uma emoção, uma intenção. 

O que surgir é bem-vindo.

Sukhasana – Postura Fácil com mãos no coração

Senta-te de forma confortável, com as pernas cruzadas e a coluna longa. 

Relaxa os teus ombros, fecha os olhos, pousa as mãos sobre o coração. 

Respira profundamente. 

Sente o teu corpo a chegar.

Dá-te permissão para ocupar o teu espaço em total presença, repetindo interiormente: 

"O meu espaço é sagrado. Eu mereço este espaço."

Gato/Vaca – Mobilidade da Coluna

Passa para 4 apoios, corrige a postura, alinhando os punhos com os teus ombros e os joelhos com as tuas ancas. 

Começa a movimentar a coluna ao ritmo da respiração: 

  • Inspira arqueia a coluna olhando em frente, direcionando o cóccix e os glúteos para cima. 
  • Expira empurra as mãos contra o tapete, arredonda a coluna levando o queixo ao peito. inspira (abre), expira (fecha). 

Repete estes movimentos ao longo de 5 ciclos respiratórios, libertando tensões e criando mais espaço interno.

Parighasana – Postura do Portão

Volta a uma coluna neutra, ainda em 4 apoios. 

Agora, estica a perna esquerda, sobe o teu tronco e coloca as mãos na cintura. 

Inclina-te ligeiramente sobre a perna esquerda, e leva a mão esquerda à perna esquerda, enquanto levantas o braço direito ao céu e diriges o olhar à tua mão direita. 

Respira e alonga, de forma a ires conquistando mais espaço neste alongamento lateral.

Ardha Chandrasana – variação com joelho no chão

A partir da postura anterior, apoia a mão esquerda no chão, e levanta a perna direita à altura da cintura. 

Leva o braço direito na direção do céu e abre o peito. 

Sente o quanto o teu corpo quer expandir, sem pressa nem esforço.

Repete tudo para o lado oposto, a partir da postura de 4 apoios.

Balasana – Postura da Criança

Quando terminares os dois lados, volta a 4 apoios, e senta-te sobre os calcanhares, caminha com as tuas mãos o mais longe possível, sem levantar os glúteos dos calcanhares, leva o teu tronco na direção do chão e descansa. 

Acolhe tudo o que surgiu.

Um regresso a ti, com mais presença, mais amor e menos exigência.

Um momento de reflexão - Pós-prática

Volta a uma postura sentada, e investe algum tempo para sentir o que a pratica te trouxe. 

Escreve no caderno:

  • O que sentiste ao ocupar o teu espaço?
  • O que a tua luz interior acendeu hoje?
  • Como podes honrar o teu espaço esta semana?

Mesmo que escrevas apenas uma palavra, deixa-a sair do corpo para o papel.

A autoestima nasce onde te permites ser

Há uma ilusão muito comum: que autoestima é gostar do nosso corpo, ou sentir-nos confiantes em público. 

Mas, antes de tudo isso, autoestima é espaço!

Espaço para escutar o que sentimos. 

Espaço para dizer "não". 

Espaço para descansar sem culpa. 

Espaço para existirmos, sem precisar de agradar. 

Espaço para valorizarmos as nossas conquistas e também as nossas derrotas.

  • E, onde será que começa este espaço? 
  • Como será que ele cresce dentro de nós?

Começa quando num cantinho só teu. 

E, cresce quando reconheces que a tua presença nesse espaço é sagrada.

Pode ser um tapete, uma vela, um chá, um livro, um caderno.

Pode ser 3 minutos de silêncio com a mão no coração.

O que importa é que te encontres contigo — sem distrações, sem exigências, sem performance, sem máscaras.

E, que nesse encontro, tenhas espaço para observar como te sentes, afirmando para ti mesmas quais as tuas verdadeiras intenções e propósitos ( ler artigo sobre intenções).

Se te esqueceste de ti, não estás sozinha.

Nós mulheres fomos ensinadas a cuidar dos outros, e este ensinamento está impregnado nas nossas células, de tal forma que deixamos de ter espaço e tempo para nós mesmas - para parar, recentrar, recarregar.

Se tens vivido sem espaço para ti, este artigo é um convite a reconhecer que é um sinal de que precisas voltar a preencher te de ti mesma, num espaço de total entrega e presença.

Não esperes mais tempo para voltar a ter espaço para ti.

Cria um lugar que seja só teu, lembra-te não precisas de muita coisa, apenas espaço e amor

Nesse espaço, cultiva um estado de respeito, carinho e escuta que te irão relembrar dia após dia o teu valor incontestavel.

É aí que começa a autoestima, na valorização de quem és, quando te voltas a colocar no centro da tua vida.


Preparar terreno, para este verão

Como te disse, o que estou a preparar para este verão vai pedir que tenhas espaço. 

Por isso, começa agora. 

Não esperes ter tempo — cria tempo. 

Não esperes ter um lugar — constrói esse lugar, deposita amor em todos os detalhes, e vais ver que é mais fácil que imaginas. 

A tua autoestima não precisa de ser reinventada, ela só precisa de um espaço para voltar a respirar.

Se ficaste entusiasmada, não deixes de te juntar ao grupo privado onde partilho semanalmente conteúdo que te irá preparar física, mental e emocionalmente para o convite que tenho para ti neste Verão.

Quero juntar-me ao grupo 

O que aí vem, vai ser profundamente transformador, vai desafiar-te a estares contigo em total presença, como talvez nunca tenhas experimentado — por isso quero tanto que faças parte.

Se sentiste que este artigo despertou em ti, a vontade de regressar a casa, ao teu espaço sagrado, partilha-o com outras mulheres que também precisam desse despertar.

Com Amor

Su

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