Crença Mariz | Blog da Su
Olá, sejam muito bem vindas a esta leitura semanal, onde partilho convosco ferramentas para uma vida cíclica natural e integralmente saudável.
Ao longo do mês de Junho irei trazer, partilhas sobre as potencias de cada uma das fases dos nossos ciclos de mulher.
Na verdade, quanto mais conhecemos os detalhes das potencias das diferentes fases, que se repetem ciclicamente no nosso corpo físico, emocional e energético, mais facilmente iremos manifestar ao longo da vida, a nossa melhor versão, de que te falei no último artigo aqui do blog.
Esta semana, gostava de crescer um pouco nesta questão da melhor versão, falando de algo, que considero muito importante para a nossa evolução pessoal, o conhecimento da nossa crença matriz, aquela que nos propusemos vir curar nesta vida.
Acredito profundamente, que chegamos a esta vida, como a todas que temos a honra de encarnar, com o intuito de resignificar crenças que nos acompanharam antes, e, com as quais não fomos capazes de crescer e desenvolver, enquanto espírito na matéria (vida).
A nossa crença matriz é uma espécie de desafio emocional, pelo qual vamos passar ao longo da vida, de diferentes formas, até que sejamos capazes de a resignificar e transformar em amor em nós.
Desde que nascemos, até aos nossos 5 a 7 anos, não temos uma construção de identidade própria, somos o que nos dizem que somos, somos a imagem criada pelas pessoas que nos rodeiam.
A forma como vivenciamos os acontecimentos nesta idade, é o que nos permite incorporar a nossa crença matriz, ao longo da vida.
Ou seja, se em crianças sentimos que não eramos amadas provavelmente vamos voltar a sentir esta sensação em vários contextos das nossas vidas.
Se sentimos que fomos abandonadas, provavelmente vamos voltar a sentir este abandono, em vários contextos, se sentimos que fomos rejeitadas iremos experimentar a rejeição em vários momentos, e por aí a fora.
O que viemos resolver nesta vida, está diretamente ligado à nossa linhagem ancestral, se fizermos trabalho sistémico, iremos descobrir que vários dos elementos que nos antecederam também carregavam essa crença.
Isto acontece, porque somos a nova possibilidade de mudar, nas nossas células, o que antes não foi possível ser mudado.
Conhecer a nossa crença matriz permite nos criar uma visão de nós mesmas, em que deixamos de acreditar que a vida é injusta ou que somos meras vítimas da maldade alheia, mas sim que somos totalmente responsáveis pela forma como temos interpretado a vida ao nosso redor, através da forma como pensamos, sentimos e agirmos.
Quando conhecemos aquilo em que acreditamos a nível celulare, que nos permitirá evoluir para uma versão de nós mesmas mais coerente, mais harmoniosa, passamos a agradecer todos os desafios que a vida nos ofereceu para que pudéssemos mudar a nossa forma de pensar, sentir, agir em determinada situação.
Passamos a olhar a vida como grande mestra, que nos traz tudo o que precisamos, pessoas, situações, lugares, etc.; para que possamos crescer no nosso propósito de aqui estarmos enquanto humanos, o de descobrir o verdadeiro sentido e força universal do amor.
Para conhecermos a nossa crença matriz, precisamos de ocupar o nosso lugar único no mundo, e nos vulnerabilizarmos à grande realidade que somos o que acreditamos ser.
Se acredito que existe gente tóxica em meu redor, (como vos falava no artigo da semana passada), é porque a vida me convida a mudanças interiores bem profundas, como estabelecer limites e filtrar em mim os níveis de critica e julgamento que ainda represento.
Se acredito que o mundo é injusto, é porque esqueci que a experiência da vida vem atrelada a uma série de outras vidas, em que, com certeza, já proporcionei em meu redor a injustiça que acredito estar a acontecer comigo, e muitas vezes a venda que colocamos sobre quem estamos a ser é tão forte, que nem nos apercebemos da quantidade de vezes que já fomos injustas nesta vida, sem mesmo nos darmos conta.
Precisamos urgentemente de adquirir a consciência que só podemos ver ao nosso redor, aquilo que existe como conhecimento em nós.
Se vemos que alguém sente raiva, é porque conhecemos a raiva, e ela existe em nós, se vemos alguém ser invejoso, é porque conhecemos a inveja e ela existe em nós, se vemos alguém triste é porque conhecemos a tristeza e ela existe em nós.
Partindo deste princípio, podemos começar a desvendar o mistério da crença matriz, através deste exercício, muito simples:
- Escolhe um espaço calmo e confortável onde não sejas incomodada
- Senta-te 10 minutos contigo mesma, durante os próximos 7 dias
- Tem contigo um lápis e papel, ou um caderno
- Recordar-te de uma emoção que te pesa e que se repete, em diferentes situações da tua vida,
- Recorda que muitas vezes sentiste essa emoção, sem que várias vezes saibas explicar muito bem porque a estavas a sentir,
- Recorda como te sentiste desgastada, ou indesejada, ou abandonada, ou rejeitada, ou humilhada, ou injustiçada, ou insuficiente, etc... ´
- Perdoa te por todas as vezes em que te sentiste dessa forma, (pequena nota importante: não adianta perdoar quem estava envolvido nessa emoção, pois o caminho do perdão é sempre de nós para nós mesmas)
Aproveita a força da lua crescente, para assim que reconheceres a tua crença matriz de dor, possas começar a criar um plano estratégico, que irás pôr em prática dia após dia, passo a passo, para que consigas resignificar essa emoção de dor em dom,
Para criares este plano precisas de:
- potencial criativo,
- compreensão que esta emoção te desnutre,
- encontrar recursos em ti mesma, que te permitiam levar a uma versão de ti que te traz prazer pela vida, de forma consciente e coerente.
Espero, que este texto contribua para um maior entendimento da tua natureza cíclica e das tuas potencias de vida integralmente mais saudáveis.
Amor e Gratidão
Su ❤️