Coragem Herança Ancestral Feminina

20-10-2024

Dons da linhagem feminina

Sejam muito bem vindas a esta leitura semanal, onde partilho ferramentas de saúde menstrual integrativa, para que possamos viver em equilíbrio os nossos ciclos de mulher.

Se têm estado a acompanhar os últimos artigos do blog, sabem que Outubro está a ser o mês de relembrar a força da nossa linhagem ancestral feminina.

A semana passada fiz uma partilha sobre abuso.

A dor que carregamos enquanto mulheres e que vem de tempos bem ancestrais.

Esta semana gostava de dar início a um de dois artigos sobre os dons da nossa linhagem feminina, para podermos terminar Outubro com um último artigo que nos irá conectar com todas mulheres da nossa linhagem que mesmo não estando em vida, continuam a zelar por nós. 

Na verdade, tenho estado a introduzir o tema da linhagem ancestral, de forma a preparar-nos para a viagem mística que iremos fazer a 31 Outubro.

Para quem não sabe, o 31 de Outubro, é uma celebração do calendário celta, que está ligado aos ciclos da natureza e às estações do ano, que nos remete à natureza cíclica da mulher .

Este calendário fala-nos de celebrações e festivais sazonais, que marcam momentos importantes do ano agrícola e ritualístico, de acordo com os ciclos do sol e da lua.

A 31 Outubro iremos celebrar juntas o Samhain, por isso não percam os artigos que vos irei facilitar atá lá.

Mas, por agora, voltemos ao tema destas próximas duas semanas, os dons da nossa linhagem feminina.

No nosso sangue corre o sangue das que nos deram a vida!

Independentemente das condições em que viveram e das dores que sentiram, existiram dons que podemos chamar de forças expressas, ou não expressas, que também nos correm nas veias

O que nos remete ao primeiro dom que sinto ser de extrema importância relembrar, a coragem.

A palavra "coragem" vem do latim "cor", que significa "coração", e que nos fala das ações do coração. Assim sendo, podemos integrar o conceito de coragem como a acção que nos leva para a vida através do amor, visto que o amor é uma qualidade que emana do nosso centro energético do coração.

Relacionar coragem, com a coragem da nossa linhagem ancestral feminina, é uma maneira de aprendemos como as experiências das nossas antepassadas formam uma espécie de "banco de sabedoria" que é transmitido de geração em geração, moldando as nossas vidas e a nossa capacidade de enfrentar desafios.

Quando nos conectamos com as histórias de coragem vividas pelas nossas mães, avós e bisavós; que conseguiram sobreviver a tempos de guerra, pobreza e discriminação; sentimo-nos de imediato empáticas, e como a empatia é uma emoção que provem do coração através da capacidade de amar, ficam abertas as portas para nos sentirmos mais fortes e inspiradas a sermos mais corajosas.

Para quem conhece o meu trabalho, sabe que o sagrado feminino guia grande parte dos ensinamentos que passo sobre os quatro arquétipos do inconsciente coletivo da mulher; como analogia para as quatro fases do nosso ciclo menstrual.

Acredito que, através dos conhecimentos guardados no sagrado feminino, relembramos a nossa essência divina enquanto mulheres.

Esta essência divina conecta-nos com a ancestralidade coletiva de que todas fazemos parte, através dos arquétipos do inconsciente coletivo feminino.

Muitos destes arquétipos falam-nos da coragem presente nas mulheres, nomeadamente:

  1. Lilith, na mitologia mesopotâmica e judaica, é considerada a primeira mulher que recusou submeter-se a Adão, e que foi expulsa do Jardim do Éden. Simbolizando a mulher que se levanta contra a opressão, em busca de liberdade e independência, mesmo que isso signifique ir contra normas sociais e religiosas.
  2. Brigid, na mitologia celta, é uma deusa da cura física, emocional e espiritual, associada à primavera e ao renascimento. Ela é um símbolo de coragem no ciclo da vida, do renascimento e da transformação.
  3. Afrodite, na Mitologia Grega, é conhecida como a deusa do amor e da beleza, sendo ainda um símbolo de coragem no que diz respeito ao amor próprio e à aceitação do corpo e da sexualidade feminina.
  4. Maria Madalena, na mitologia cristã esotérica, é vista como uma figura de grande coragem espiritual, sendo considerada como uma líder espiritual e uma guardiã do conhecimento sagrado, que desafiou as normas de sua época ao ser uma seguidora próxima de Jesus e foi uma testemunha-chave de sua ressurreição.
  5. Xamãs e Curandeiras, em várias culturas são mulheres corajosas mediadoras entre o mundo espiritual e o material, curando e orientando suas comunidades através de suas habilidades intuitivas e espirituais. Elas enfrentam desafios e assumem o papel de protetoras e defensoras da vida e da conexão com a Terra.

A descrição destes arquétipos mostra-nos claramente, que um dos poderes inatos da nossa ancestralidade, reside na capacidade de transformar o mundo com coragem, sabedoria e amor.

Assim, da próxima vez que nos sentirmos incapazes de viver os nossos maiores sonhos que possamos recordar que nas nossas veias reside a força da nossa linhagem, e mesmo que não tenhamos acesso a todas as histórias, ficámos a saber sem sombra de dúvida que a coragem é um poder inato em nós, mulheres.

Espero que este artigo te inspire a fazer os movimentos que precisas, para viveres em equilíbrio contigo mesma, aqui e agora!

Amor e Gratidão,

Su

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